Coronavírus
- Biocintra / Biomedicina
- 3 de fev. de 2020
- 4 min de leitura

O que é coronavírus?
O coronavírus é uma família formada por diferente vírus, todos com formato de coroa, por isso recebem esse nome. Vírus dessa família provocam infecções respiratórias em seres humanos e animais. A SARS (Síndrome Respiratória Aguda Grave) e a MERS (Síndrome Respiratória do Oriente Médio) são doenças provocadas por coronavírus.
Uma característica desses micro-organismos é que eles sofrem mutações rapidamente. Surtos de coronavírus ocorreram em 2004, 2012 e, mais recentemente, dezembro de 2019, na cidade de Wuhan, na China, desta vez provocada pela variação denominada 2019-nCoV.
Pouco se sabe sobre essa nova mutação. Especula-se que o início das infecções ocorreu num mercado de animais vivos, e o vírus teria provindo de uma cobra Naja ou morcego, ou frutos do mar. As autoridades chinesas alegam que a transmissão pode ocorrer por via respiratória entre seres humanos.
Cerca de um quarto dos infectados apresentam sintomas graves, enquanto outros têm problemas menores. Há registros de mortes, especialmente indivíduos acima dos 60 ou debilitados e portadores de outras doenças antes de serem contaminados pelo coronavírus.
Quais são os sintomas do coronavírus?
Os principais sintomas de infecção por coronavírus são:
Febre;
Tosse;
Falta de ar;
Dificuldade para respirar;
Coriza;
Dor de garganta.
Os sintomas surgem 2 a 14 dias após a contaminação pelo vírus. O período de transmissão ocorre apenas enquanto os sintomas persistirem.
Em casos mais graves, a doença pode evoluir para pneumonia, síndrome respiratória aguda grave e insuficiência renal.
Tratamento do coronavírus
Ainda não existe tratamento nem vacina para o coronavírus. Procure um médico caso apresente os sintomas descritos e tenha visitado regiões onde houve proliferação do vírus ou caso tenha entrado em contato com alguém infectado. O médico pode indicar medidas para alívio dos sintomas e que ajudam a recuperação, como repouso, hidratação e medicamento contra febre e dor.
Medidas de higiene previnem a transmissão de qualquer vírus respiratório:
Cobrir a boca enquanto tosse e espirra;
Lavar as mãos frequentemente;
Não colocar as mãos sujas na boca;
Evitar tocar olhos e nariz.
•Qual a origem do coronavírus? Ele já tem uma cura?
Não existe confirmação concreta de qual foi a principal porta de entrada do vírus na sociedade. Entretanto, a Organização Mundial da Saúde indicou que os primeiros casos da doença surgiram na cidade de Wuhan, localizada na China Central. Essa é uma cidade comercial, dividida por rios, e possui muitos parques e lagos. Consequentemente, isso faz com que pesquisadores acreditem que a fonte primária do novo coronavírus esteja no mercado de frutos do mar da cidade ou que tenha se espalhado através de animais.
Outros casos de coronavírus também foram identificados nos seguintes países: Japão, Tailândia, Coreia do Sul, Vietnã, Arábia Saudita, Estados Unidos da América e Brasil. Todos os pacientes que apresentaram os sintomas têm um mesmo fator em comum: visitaram recentemente Wuhan.
•Coronavírus felino e em cães: como ficar atento aos animais?
O coronavírus pode ser transmitido entre humanos e através de animais. O informe da Sociedade Brasileira de Infectologia contou que as últimas atualizações sobre a doença buscaram respostas em variações de vírus da mesma família, como o SARS-CoV (um dos causadores de síndromes respiratórias graves) e o MERS-CoV (causador de síndrome respiratória no Oriente Médio). O primeiro, seu principal transmissor foram gatos selvagens; e o segundo, a disseminação aconteceu através de dromedários.
O que está ainda em estudo é buscar entender os fatores determinantes para a transmissão entre animais. Ou seja, se a transmissão da infecção está ligada ao contato direto entre espécies intimamente relacionadas como morcegos, aves, porcos, felinos, cães, roedores e macacos.
Cuidados para reduzir o risco de infecção por coronavírus
Como essa é uma infecção que afeta o sistema respiratório, alguns cuidados com as vias aéreas são necessários para se manter longe de qualquer possibilidade de transmissão do coronavírus. Ainda não existe nenhuma vacina ou antibiótico que previna a infecção por 2019-nCoV, contudo, testes e estudos já estão sendo realizados em busca da cura.
O Ministério da Saúde (MS) recomendou evitar viagens à China como forma de prevenir contaminações. No entanto, as precauções de contágio são importantes para evitar a propagação de doenças infecciosas de qualquer etiologia, inclusive a desse novo vírus.
Fique atento aos seguintes cuidados:
°Evitar contato próximo com pessoas doentes e que tenham infecção respiratória aguda
°Lavar as mãos frequentemente com água e sabão por pelo menos 20 segundos. Se não houver água e sabão, usar um antisséptico para as mãos à base de álcool em gel, principalmente, após contato direto com pessoas doentes e antes de se alimentar
°Usar lenços descartáveis para higiene nasal (nada de lencinhos de pano!)
°Cobrir nariz e boca sempre que for espirrar ou tossir com um lenço de papel e descartar no lixo
°Higienizar as mãos sempre depois que tossir ou espirrar
°Evitar tocar em olhos, nariz e boca com as mãos não higienizadas
°Manter ambientes muito bem ventilados
°Não compartilhar objetos de uso pessoal como copos, garrafas e talheres
°Limpar e desinfetar objetos e superfícies tocados com frequência
°Evitar contato com animais selvagens ou doentes
Esses são hábitos diários que podem ajudar a impedir a propagação de várias doenças, inclusive essa nova infecção viral.
Não existe um período de incubação exata para quem contrair a doença atualmente. Os últimos casos confirmados no Brasil estão recebendo isolamento dentro das unidades de saúde, mas presume-se que o tempo de exposição ao coronavírus e o início dos sintomas ocorra no período de até duas semanas. 🔬
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